quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Disgrafia e Dislalia : entendendo um pouco mais sobre o assunto.

Disgrafia

       Existem casos de crianças que escrevem muito rápido que não atentam para a forma ou proporção das letras, portanto, sua organização espacial acaba sendo afetada e defeituosa. A disgrafia vem a ser uma dispraxia especializada, o seja, funciona como um sensor de perturbações nas construções do corpo, insistir em corrigir esta letra, sem tratar a criança na medida correta pode acarretar uma problemática corporal que ela poderia não apresentar e fixaria ainda mais seus sintomas.
      É importante lembrar que as dislexias-disgrafias podem ser especificadas como lingüísticas ou disfonéticas e visomotoras ou diseidéticas.
      Quando falamos em dislexia-disgrafia lingüísticas ou disfonéticas falamos de transtornos específicos da aprendizagem, onde apresentam falhas no processamento perceptivo auditivo e em especial naquilo que se escuta, a expressão oral, onde sua grafia será alterada de acordo com a dificuldade de sua escuta, ou seja, uma escuta errada causa uma escrita deficiente.
      Precisamos compreender que a disgrafia é um transtorno psicomotor, que surge como parte da síndrome dispráxica ou dentro da habilidade motora onde podem apresentar disgrafias ligadas á surdez e a transtornos de lateralidade.  È necessário dar importância de se conhecer bem o aluno, ou a criança a ser tratada em sua totalidade, para entender e compreender suas dificuldades globais e conseguir auxiliá-las em suas perspectivas de desenvolvimento correto da escrita, ajudá-las a conhecer seus pontos fracos e a superá-los dando-lhe todos os suportes necessários para uma escrita correta e coerente futuramente.


Dislalia

        Este transtorno é o transtorno de linguagem mais comum em crianças, a dislalia é um distúrbio da fala que se apresenta pela dificuldade de articulação das palavras, basicamente consiste na má pronuncia, ou seja, acrescentando ou omitindo fonemas nas palavras. Assim sendo, a dislalia, consiste na omissão, na substituição ou deformação dos fonemas.
       Quando não se encontra nenhuma alteração fisica a que possa ser atribuído a Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional, neste caso portanto, pensa-se em hereditariedade, alterações emocionais pouco frequentes e até mesmo por imitação. Esta dificuldade na oralidade pode causar diversos problemas e deficiências na alfabteização.
       Torna-se curioso notar que esta dificuldade na fala apresenta-se em maior quantidade em meninos, na fase dos 3 aos 5 anos de idade, com alterações na articulação de fonemas, notando-se a dificuldade em expressar os sons corretos de palavras simples de seu convívio familar e social. No entanto, independente do sexo da criança, a partir dos 4 anos de idade,se esta fala não começar a se corrigir, será necassário um acompanhamento fonoaudiológico.
Eis alguns exemplos:
• Omissão: não pronuncia sons - "omei" = "tomei";
• Substituição: troca alguns sons por outros - "balata" = "barata";
• Acréscimo: introduz mais um som - "Atelântico" = "Atlântico".
        É necessário uma intensa observação em relação ao aparecimento de dislalia em alunos/crianças e até mesmo em adultos, este problema pode ser refletido também na escrita, e sua correção obedece aos mesmos parâmetros da correção de problemas da fala. È necessário que os professores que trabalhem com alfabetização precisam e devem dar uma atenção especial aqueles alunos que têm uma aprendizagem mais lenta e que trocam letras ou apresentam outros sintomas da dislalia, insistindo com elas no sentido de que exercitem a pronúncia e ortografia correta das palavras.


Por: Thaís Cerqueira Jorge Nogueira in artigo de Neuropsicologia da educação, 2009.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dislexia - conhecendo um pouco sobre este assunto.

DISLEXIA

 
CONCEITO: A dislexia é um problema neurológico relacionado à linguagem e à leitura, mas que também pode afetar as habilidades de escrita de palavras e de textos, de audição, de fala e de memória.


COMO SABER SE A CRIANÇA TEM DISLEXIA:
1. O que é comum nas crianças dentro de uma faixa etária:
a) Até os 6 ou 7 anos é comum as crianças inverterem letras ou palavras quando lêem ou escrevem
Ex. pobre .....podre

prato .....parto
cobra ......broca
2. Aos 8 anos esses sinais ou indícios podem indicar um problema mais sério;
3. Na 3ª série, exames específicos poderão revelar se a criança apresenta a dislexia.



POSSÍVEIS CAUSAS DA DISLEXIA:
1. Fatores genéticos;
2. Fatores ambientais;
3. Lesão cerebral imperceptível;
4. Malformação de áreas cerebrais durante a vida fetal;
5. Disfunção cerebral mínima;
6. Lenta progressão maturacional;
7. Falha de lateralidade;
8. Déficit no processamento das informações.

AOS PAIS:
Quando sentirem que o filho não está acompanhando o ritmo dos outros alunos, podem perceber isso por meio de um ou mais dos seguintes indícios:
. baixa auto-estima;
. dificuldades para soletrar;
. dificuldades para ler em voz alta;
. confusão entre esquerda e direita;
. problema para seguir direções;
. demora para terminar exercícios de escrita;
. dificuldades em matemática;
. relutância em ir à escola.

O QUE NÃO É DISLEXIA:
. preguiça;
. falta de motivação;
. desânimo;
. não adaptação à escola;
. relação inadequada entre aluno-professor.

QUEM VEM A TER DISLEXIA:
.qualquer pessoa, de qualquer etnia, de qualquer classe socioeconômica e de ambos os sexos;
.não há como predizer se determinada criança vai ser disléxica.

DIFERENÇAS NO CÉREBRO DE UMA PESSOA COM DISLEXIA:
. atividade reduzida no giro angular;
. atividade maior na área de Broca;
. atividade reduzida na área de Wernicke (associação audtiva).

A DISLEXIA NO DIA A DIA
1. Lembranças de palavras;
2. Fator tempo;
3. Sentimento de desorganização;
4. Confusão mental;
5. Problemas de memória.

DIAGNÓSTICO DA DISLEXIA:
Tipos de dislexia:
a) dislexia visual;
b) dislexia auditiva;
c) uma combinação de ambas

SINAIS DA DISLEXIA:

A) Alguns sinais na Pré-Escola:
1. Fraco desenvolvimento da atenção;
2. Imaturidade no trato com outras crianças;
3. Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
4. Atraso no desenvolvimento visual;
5. Dificuldades de aprender rimas e canções;
6. Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
7. Dificuldade com quebra-cabeça;
8. Falta de interesse por livros e impressos.

B) Alguns sinais na Idade Escolar:
1. Dificuldade na aquisição e desenvolvimento das habilidades lingüísticas;
2. Dificuldade com análise e síntese dos sons de uma palavra;
3. Pobre reconhecimento de rima e aliteração;
4. Desatenção e dispersão;
5. Dificuldade na coordenação motora fina: desenhos, pinturas, etc.;
6. Dificuldade na coordenação motora grossa:ginástica, dança, etc.;
7. Desorganização geral (Exemplo: constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares);
8. Dificuldades visuais, com impacto na organização do trabalho no papel e na postura da cabeça para escrever;
9. Confusão entre direita e esquerda;
10. Dificuldades em manusear mapas, dicionários, etc.;
11. Dificuldades na linguagem e na fala,com vocabulário pobre, sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas.
12. Dificuldade de memória de curto prazo;
13. Problemas de conduta (desenvolvimento de retração, timidez excessiva ou depressão);
14. Dificuldades para fazer cópias de livros e da lousa;
15. Dificuldade na leitura;
16. Dificuldade na matemática e desenho geométrico;
17. Grande desempenho em provas orais.

C) Alguns sinais na fase adulta:
1. Continua a ter dificuldade na leitura e escrita;
2. Dificuldade para soletrar;
3. Memória imediata prejudicada;
4. Dificuldade em dar nomes a objetos e pessoas;
5. Dificuldade em aprender uma segunda língua;
6. Dificuldade em organização geral.

Retirado de projeto de estudo em materias de Neuropsicologia por:  Thaís Cerqueira Jorge Nogueira, Setembro/outubro de 2009.




segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Entendendo a Psicopedagogia e seu novo símbolo.

Como entender a Psicopedagogia.

            A Psicopedagogia é uma área de estudos, um objeto de pesquisa que nasceu de uma prática e está voltada a aprendizagem humana. Educadores, médicos, neurologistas, pediatras encontraram formas de estudar a aprendizagem humana unindo a Pedagogia com a psicologia, esta pratica não visa apenas a aprendizagem escolar, mas a aprendizagem do ser humano, independente do seu ambiente de trabalho.
           Em todo processo de aprendizagem, o sujeito percisa interagir com o objeto, para poder ampliar suas finalidades e poder transformá-los, nestas funções mentais, o processo de mediação é necessário, e neste, conhecimentos advindos de diversas ciências é que norteiam o trabalho do psicopedagogo, sendo este especialista institucional ou clínico.
         Cada situação de aprendizagem, demanda de um bom domínio da representação do ser humano, requer formar variadas formas de estímulos a partir de sua realidade.
          O psicopegagogo trabalha com regras, com condições emocionais e neurológicas para atribuir medidas necessárias para a aquisição do conhecimento e das assimilações necessárias ao ser humano. As habilidades envolvidas na aprendizagem, dependem do objeto e do processo das habilidades que este faz, memorizando e assimilando o domínio de outras habilidades/capacidades que envolvem o objeto de estudo, a aprendizagem humana.
         O campo de atuação do psicopedagogo é vasta, ele pode atuar em escolas, empresas, hospitais, clínicas e instituições educativas, sempre desenvolvendo um trabalho de aprendizagem humana específica para o local de sua atuação.
        Seu compromisso é com aquele que padece com a dificuldade de aprendizagem, seja em qual idade  esta se apresentar.




 Este é o novo símbolo da Psicopedagogia, ele foi criado a partir do desenvolvimento de uma Teoria dos Poliedros, conhecida com o nome,
 " Fita de Möbius".
 Sendo uma fita simples com duas superfícies distintas (uma interna e outra externa) limitadas por duas margens, tratando-se de uma superfície de duas dimensões .
 Assim, se caminharmos continuamente ao longo da fita,ao irmos e voltarmos, independente do lado em que esta seja posicionada, ela sempre permanecerá a mesma.


 O Símbolo da Psicopedagogia foi eleito por maioria de votos no VIII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia realizado em São Paulo de 9 a 11 de julho de 2009.

Inspirado nos valores éticos inerentes à nossa profissão e nos princípios e significados da simbologia, o símbolo deverá traduzir toda a grandeza da Psicopedagogia.
 Nesta proposta para sua criação, tem como objetivo estabelecer o vínculo com nossa história e, resgatar, acima de tudo, seu real significado que, hoje mais do que nunca, permanece através da legitimidade que a sociedade nos atribui.
Valorizando sempre o nosso trabalho e visando a cada dia, melhorar o aprendizado de crianças, jovens e adultos.

"Como entender a Psicopedagogia" por Thaís Cerqueira Jorge Nogueira, baseado no DVD "A psicopedagogia" da Educadora e Psicopedagoga Nadia A. Bossa.

"Novo símbolo da psicopedagogia" por Thaís Cerqueira Jorge Nogueira, baseado na Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPp



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Entendendo um pouco a agressividade na escola.

       Segundo alguns profissionais, a relação afetiva em casa conta bastante para o contato com a criança e professor, se a criança em casa é rejeitada, violentada, ao chegar na escola ela sente a necessidade de atenção do professor e se, este não lhe der atenção e lhe der uma bronca, esta criança não será um bom aluno, pois, vê na escola o mesmo desconforto que tem em casa. Se o professor estabelece um contato com atitudes  variadas, impondo pequenos  limites, não irá causar maiores danos psíquicos nas crianças, e estabelecerá com elas, um relacionamento, uma diferença de reconhecimento.
     O fato de que o professor pode desestabilizar emocionalmente um grupo, trata-se de um fato muito relativo, pois muitas pessoas não são tão frágeis como imaginamos. O tempo todo a criança testa o professor, e sempre respondem o que desejam, e até encontram modos de barganhar vantagens.
     Antes de pensar, a criança sabe apenas agir, á medida que ela cresce, poupa-se de muitas ações pelo fato do poder realizá-las no campo representativo. Uma das explicações de por que as crianças brigam tanto, é por não conseguirem representar interiormente suas relações de ajustamentos e oposições.
     Nota-se que a agressividade é atitude natural de todo ser vivo, frente a pressão recebida em seu meio. O problema é obter um modo para conter a agressividade, uma técnica para isso é a dinâmica em grupo.
     O modo de briga da criança é puxando, empurrando, tentando fazer da outra criança um brinquedo, e os adultos ao verem isso não entendem, pois seus modos mais utilizados são agressões mentais e verbais. As crianças para agirem em brigas trabalham com a espontaneidade, se acham que devem agredir, agridem. Em certos momentos as crianças começam a verbalizar " nomes feios", isso demosntra medo e timidez, pois está apenas utilizando um truque que o coloque á distância da violência.
      Muitas crianças conseguem segurar a manifestação de agressividade permanente, agridem somente do pensamento, em memórias, lutas que só a fantasia conhece, ficando aliviados depois destas batalhas fantasmagóricas.Isto demonstra imaturidade.
      Não vale eliminar apenas agressões físicas, a agressão verbal e sobretudo, a psicológica é que envenena a sociedade, influenciando assim as crianças. Também, não é soterrando hipocritamente a agressividade ou reprimindo-a que conseguiremos um relacionamento saudável, mas sim, enfrentando leal e abertamente suas dificuldades.
     Gostar e não gostar de pessoas ou de coisas não são sentimentos inatos, mas são aprendidos pela experiência; sempre um acontecimento reflete em nós fortes emoções, o acontecimento e a emoção se unem, se alguém nos tratou mal associamos aquela pessoa à infelicidade, ou ao aborrecimento que nos causou, e passamos a não gostar dela.
    O aprendizado pode ser conhecido como um condicionamento, e  para compreendermos o termo é preciso examinar acontecimentos.

Trabalho realizado por Thaís cerqueira Jorge ( hoje Thaís Cerqueira Jorge Nogueira) pelas Faculdades Integradas de Amparo, em 2002 com o título: " Como a mente da criança violentada é trabalhada pelo professor"

Conhecendo o papel do neuropsicólogo

             A neuropsicologia é uma interface ou aplicação da psicologia e da neurologia, que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano, dedicando-se a investigar como diferentes lesões causam déficits em diversas áreas da cognição humana ou tal como denominado pelos primeiros estudos nesse campo estuda as funções mentais superiores.
             O Neuropsicólogo atua, principalmente, na avaliação ( exames neuropsicológicos com suporte de psicólogos) e no tratamento ( reabilitação neuropsicológica) das consequencias de disfunções, por sua vez, podem estar relacionadas ao desenvolvimento do sistema nervoso ou ser adquiridas ao longo do curso da fase escolar bem como da vida.
            O exame neuropsicológico consiste na avaliação das diferentes funções mentais: a concentração, as memórias visual e verbal, a capacidade de cálculo, o planejamento, a capacidade de abstração, as habilidades visuo-perceptivas, a linguagem (compreensão e expressão orais, leitura, escrita), a inteligência e várias outras. Esta avaliação é feita com testes que permitem quantificar o desempenho, fornecendo dados objetivos que comparam o indivíduo com outros da mesma faixa etária e escolaridade.
           É possível ter o desempenho prejudicado na escola, devido a vários fatores, por exemplo : problemas de concentração, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, problemas de memória, problemas de leitura ("dislexia") dificuldades com a matemática ("discalculia"), dentre outros.
          Nos casos de dificuldades de aprendizado, o exame permitirá avaliar quais funções estão preservadas e quais estão comprometidas, fornecendo um perfil do indivíduo. O exame neuropsicológico permite determinar quais problemas estão causando as dificuldades e sugerir um tratamento. Mesmo naqueles casos onde já se tem um diagnóstico pode ser necessário documentar e quantificar as dificuldades de modo objetivo. Por exemplo, o caso de crianças ou adultos que sofreram um traumatismo craniano e ficaram "diferentes" (acidentes automobilísticos, quedas, traumatismos de parto), pessoas que sofreram acidentes vasculares cerebrais ("derrames") ou que sofreram neurocirurgias, casos de intoxicações graves ou alcoolismo, afogamentos e muitos outros exemplos.
          O Exame Neuropsicológico também é frequentemente utilizado em algumas situações legais. A primeira delas é a necessidade de se documentar de modo objetivo o estado mental alterado de um indivíduo com vistas à sua interdição (por senilidade, por retardo mental, por sequelas de traumatismos de crânio, etc.). A segunda é a necessidade de se documentar o estado mental preservado, para que se possa assegurar a validade de um testamento ou qualquer outro documento legal, por exemplo. Por último, o exame serve para documentar problemas adquiridos no trabalho, com vistas a sustentar processos trabalhistas (em geral intoxicações em indústrias e traumatismos de crânio durante o trabalho).

Projeto "Neuropsicologia na escola"  escrito e registrado por Thaís Cerqueira Jorge Nogueira, Setembro de 2009.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

MOMENTOS DECISIVOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL _ 0 a 2 ANOS.

Este trabalho veio por meio de estudos contribuir para o entendimento do desenvolvimento infantil, levando em consideração as dificuldades que nós professores encontramos para entender o que acontece com nossos alunos desde seus primeiros anos de vida.


Procurei enfatizar meus estudos para que estes pudessem contribuir nos trabalhos diversificados em sala de aula e para compreender melhor o mundo infantil.

De acordo com leituras a partir da revista científica “Viver Mente & Cérebro – Como o cérebro aprende”( Edição Especial nº8) vejo demonstrar que desde o tatear inicial do bebê, passando pela fala, pelo conhecimento, tudo que aprendemos altera nossa rede neuronal. Assim, o desenvolvimento das capacidades cognitivas e do cérebro estão vinculados um ao outro de forma indissociável e, o mesmo, se aplica á didática e ás neurociências. Apenas em conjunto elas podem desenvolver novas estratégias de aprendizado apropriado às crianças, que permitam a educadores reconhecer melhor e estimular os talentos individuais de seus alunos.

Segundo estudos que realizei a partir do livro de T. Berry Brazelton,

“Momentos Decisivos do Desenvolvimento Infantil”( Editora Martins Fontes) os momentos críticos se tornam uma janela através da qual pais e professores podem vislumbrar a enorme energia que alimenta a criança em busca de aprendizado, cada passo dado leva a um novo impulso para autonomia. Quando consideramos estes períodos normais e previsíveis, estes períodos de regressão são oportunidades para compreender mais profundamente a criança e apóia-la em seu desenvolvimento, não para pensarmos que ela está diante de dificuldades intransponíveis.

Baseando –se no livro de Elinor Goldschmied e Sonia Jackson, “ Educação de 0 a 3 anos, o atendimento em creches” estipular um equilíbrio de papéis no ambiente escolar é muito importante, até certo ponto, é uma questão de temperamento o fato de um adulto gostar de ter as crianças sob controle e reunidas ao seu redor, ou então, ser uma fonte de segurança que oferece um ponto de referência para as crianças enquanto brincam. É importante que as educadoras sintam que sua sala, seu ambiente de trabalho, seja atraente e bem organizada para que todos sintam prazer em estar nela, o fato inalterável de que as atividades de comer, brincar e dormir neste mesmo ambiente, não seja transformado em estresse, o sentimento da sala deve ser expresso de carinho, união e diversão, sempre com os limites estipulados.

Para permitir que o trabalho seja facilitador, os materiais, brinquedos de uso coletivo das crianças, devem ser colocados sempre à disposição do alcance destas crianças, para que compreendam que se pega e que se guarda, que se cuida, e que sempre que necessário, podem pedir e realizar o aprendizado de pegar e organizar tudo o que desejarem.

Como diz Zan Mustacchi, dois dos maiores desafios na educação talvez sejam “Aprender a aprender e aprender a ensinar”.

“Aprender fazendo” é o princípio que rege os primeiros anos de vida de uma criança; desde o primeiro choro, bebês ocupam-se de descobrir o que se passa em torno deles.

BIBLIOGRAFIA:
BRAZELTON, T. Berry. Momentos decisivos do desenvolvimento infantil. {Tradução: Jefferson Luiz Camargo}. São Paulo. Martins Fontes,1994.
GOLDSCHMIED,Elinor/ JACKSON, Sonia. Educação de 0 a 3 anos – o atendimento em creche.{Tradução: Marlon Xavier}.Porto Alegre. 2ªedição.Artmed,2006.
SCIENTIFIC AMERICAN,Viver Mente e Cérebro. “Como o cérebro aprende”.Edição Especial nº8.São Paulo-S.P. Duetto Editorial.2007.
SCIENTIFIC AMERICAN,Viver Mente e Cérebro. “A Mente do bebê – Desenvolvimento embrionário e estrutura neurofisiológica do cérebro do feto e do bebê”.Especial Mente e Cérebro.São Paulo. Duetto Editorial.2007.
SCIENTIFIC AMERICAN,Viver Mente eCérebro. “ A Mente do bebê – Campo subjetivo, universo simbólico e afetivo e fases do desenvolvimento.” Especial Mente e Cérebro.São Paulo. Duetto Editorial.2007.
SCIENTIFIC AMERICAN,Viver Mente eCérebro. “ A Mente do bebê – Campo do conhecimento, aprendizado e aquisição de linguagem.” Especial Mente e Cérebro.São Paulo. Duetto Editorial.2007.
SCIENTIFIC AMERICAN,Viver Mente eCérebro. “ A Mente do bebê – Campo social e interatividade.” Especial Mente e Cérebro.São Paulo. Duetto Editorial.2007.
GOLEMAN, Daniel. PHD.Inteligência Emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente.Rio de Janeiro. Objetiva,2001.
GARDNER, Howard. Mentes que criam: Uma anatomia da criatividade observada através das vidas de Freud, Einstein,Picasso, Stravinsky,Eliot,Graham e Gandhi,Porto Alegre. Artes Médicas. 1996.
FLAVELL, John H. A Psicologia do desenvolvimento de Jean Piaget. São Paulo. Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais ,1996.
ROGERS, Carl R. Tornar-se pessoa.São Paulo. Martins Fontes,1977.
PIAGET, Jean/ INHELDER, Bärbel. A psicologia da Criança. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil,2002.
PERNETTA, César. Amor e Liberdade na Educação da Criança.São Paulo. Vivências Médicas,1982.


*** Trabalho de conclusão de curso _ Psicopedagogia Institucional pelas Faculdades Integradas de Amparo por Thaís Cerqueira Jorge em 2007. ( hoje Thaís Cerqueira Jorge Nogueira).

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Estudos de textos: Diretrizes.

Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia.


 As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, levam em conta proposições formalizadas, nos últimos 25 anos, em análises da realidade educacional brasileira, com a finalidade de diagnóstico e avaliação sobre a formação e atuação de professores, em especial na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, assim como em cursos de Educação Profissional para o Magistério e para o exercício de atividades que exijam formação pedagógica e estudo de política e gestão educacionais que resultam do determinado na legislação em vigor, assim como de um longo processo de consultas e de discussões, em que experiências e propostas inovadoras foram tencionadas, confrontadas com a prática docente, possibilitando que fossem verificadas nas instituições escolares.

 A Resolução CFE n°2/1969 determinava que: “ a formação de professores para o ensino normal e de especialistas para as atividades de orientação, administração, supervisão e inspeção, fosse feita no curso de graduação em Pedagogia, de que resultava o grau do licenciado.” Como licenciatura, permitia o registro para o exercício do magistério nos cursos normais, posteriormente denominados magistério de 2° grau, e sob o argumento de que “quem pode o mais pode o menos” ou de que “ quem prepara o professor primário tem condições de ser também professor primário”, permitia o magistério nos anos iniciais de escolarização.

 Atentas ás exigências do momento histórico, já no início da década de 1980,várias universidades efetuaram reformas curriculares, de modo a formar, no curso de Pedagogia, professores para atuarem na Educação Pré-Escolar e nas séries iniciais do Ensino de 1° grau.O curso de Pedagogia desde então,vai amalgamando experiências de formação inicial, apresenta hoje, notória diversificação curricular, com uma gama ampla de habilitações para além da docência no Magistério das Matérias Pedagógicas do então 2° grau, e para as funções designadas como especialistas.

Durante muitos anos, a maior parte dos que pretendiam graduar-se em Pedagogia, eram professores primários, com alguma ou muita experiência em sala de aula. Assim, os professores das escolas normais, bem como boa parte dos primeiros supervisores, orientadores e administradores escolares haviam aprendido, na vivência do dia-a-dia como docentes, sobre os processos nos quais pretendiam vir a influir, orientar, acompanhar e transformar. Em conseqüência, o curso de Pedagogia passou a ser objeto de severas críticas, que destacavam o tecnicismo na educação, fase em que os termos pedagogia e pedagógico passaram a ser utilizados apenas em referência a aspectos metodológicos do ensino e organizados na escola.

 Fundamentavam-se na concepção de Pedagogia como práxis, em face de entendimento que tem sua razão de ser na articulação dialética da teoria e da prática. Sob esta perspectiva, firmaram a compreensão de que a Pedagogia trata do campo teórico-investigativo da educação, do ensino e do trabalho pedagógico que se realiza na práxis social.

 Com uma história construída no cotidiano das instituições de ensino superior, não é demais enfatizar que o curso de graduação em Pedagogia, nos anos 90, foi se constituindo como o principal lócus da formação docente dos educadores para atuar na Educação Básica:na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.a formação dos profissionais da educação, no curso de Pedagogia, passou a constituir, reconhecidamente, um dos requisitos para o desenvolvimento da Educação Básica no país.

 Na organização do curso de Pedagogia dever-se-á observar, com especial atenção: os princípios constitucionais e legais; a diversidade sociocultural e regional do país; a organização federativa do Estado brasileiro; a pluralidade de idéias e de concepções pedagógicas, a competência dos estabelecimentos de ensino e dos docentes para a gestão democrática. A educação do licenciado em Pedagogia deve, pois, propiciar, por meio de investigação, reflexão crítica e experiência no planejamento, execução, avaliação de atividades educativas, a aplicação de contribuições de campos de conhecimentos, como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o lingüístico, o sociológico, o político, o econômico e o cultural.Também é central, para essa formação, a proposição, realização, análise de pesquisas e a aplicação de resultados, em perspectiva histórica, cultural, política, ideológica e teórica, elementos mantenedores, transformadores, geradores de relações-sociais e étnicos-raciais que fortalecem ou enfraquecem identidades, reproduzem ou criam novas relações de poder.

 Finalmente é central a participação na gestão de processos educativos, na organização e funcionamento de sistemas e de instituições de ensino, com a perspectiva de uma organização democrática, em que a co-responsabilidade e a colaboração são os constituintes maiores das relações de trabalho e do poder coletivo e institucional, com vistas a garantir iguais direitos, reconhecimento e valorização das diferentes dimensões que compõem a diversidade da sociedade, assegurando comunicação, discussão, crítica, propostas dos diferentes segmentos das instituições educacionais escolares e não-escolares.

 Entende-se que a formação do licenciado em Pedagogia fundamenta-se no trabalho pedagógico realizado em espaços escolares e não-escolares, que tem a docência como base. Nesta perspectiva, a docência é compreendida como ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia.

 Na aplicação das Diretrizes Curriculares, há que se adotar como princípio o respeito e a valorização de diferentes concepções teóricas metodológicas no campo da Pedagogia, e das áreas de conhecimento integrantes e subsidiárias á formação de educadores.Este preceito é denotativo da formação acadêmico-científica da qualidade e ensejará a contribuição do Licenciado em Pedagogia na definição do projeto pedagógico das instituições, nos sistemas de ensino e atividades sociais em que atuar, consoante aos princípios constitucionais e legais enunciados. A dinamicidade do projeto pedagógico do curso de Pedagogia deverá ser garantida por meio da organização de atividades acadêmicas, tais como: iniciação, extensão, seminários, monitorias, estágios, participação em eventos científicos e outras alternativas de caráter científico, político, cultural e artístico.

 Os estudos das metodologias do processo educativo não se descuidarão de compreender, examinar, planejar, pôr em prática e avaliar processos de ensino e de aprendizagem, sempre tendo presente que tanto quem ensina, como quem aprende, sempre ensina e aprende conteúdos, valores, atitudes, posturas, procedimentos que se circunscrevem em instâncias ideológicas, políticas, sociais, econômicas e culturais. O projeto pedagógico do curso de Pedagogia deverá contemplar, fundamentalmente: a compreensão dos processos de formação humana e das lutas históricas nas quais se incluem as dos professores, por meio de movimentos sociais; a produção teórica, da organização do trabalho pedagógico; a produção e divulgação de conhecimentos na área da educação que instigue o Licenciado em Pedagogia a assumir compromisso social.


Por: Carmem Cecília Fantonatti ,Mariléa Aparecida Castilho,Thaís Cerqueira Jorge Nogueira eAndréia Sartinelli.

Local: UNICAMP/SP _ 2008.

Nossa realidade.

Muitas vezes ao assumir uma sala de aula os professores se deparam com dúvidas, medos, que na sua formação acadêmica não apresenta uma solução, a não ser a pura prática no dia a dia. Nisto, ao se deparar com alunos que possuem dificuldades na aprendizagem, acabam inicialmente se culpando como “maus” professores, e mais tarde rotulando alunos. Por este motivo, a importância de se conhecer e compreender as dificuldades e transtornos de aprendizagem que cercam a educação.

Precisamos compreender que toda a aprendizagem se coloca em um jogo de memória, de conservação e de armazenamento das experiências anteriores. Esta conservação se dá através do estabelecimento de noções de controle que nascem do confronto entre a experiência anterior com a experiência presente.O termo memória nos apresenta a capacidade de identificar, armazenar e até recuperar informações; modernos estudos da memória humana baseiam-se fortemente em duas medidas: de recordação e de reconhecimento das atividades cognitivas, intelectuais e físicas.
Muito autores associam dificuldades e transtornos com a somatória de fatores genéticos e fatores do ambiente para a concepção da lentidão,das disfunções e da imaturidade no processo de informação que geram os problemas de aprendizagem, estas dificuldades se unem aos ritmos individuais (diferenciados) e aos fatores emocionais que cercam alunos e familiares perante estas situações.

O estudo do Médico Pediatra e Pedagogo T. Berry Braselton em seu livro "Momentos decisivos do desenvolvimento infantil"  nos apresenta as dificuldades dos pais ao encarar o desafio de estimular e compreender a importância do estímulo para a aprendizagem, e é um dos autores que foca com objetividade o uso de exames neurológicos para identificar alguns transtornos que podem ocorrer durante o crescimento. O  Sr. Doutor Daniel Fuentes apresenta junto a convidados em seu livro “Neuropsicologia teoria e prática” da editora Artes médicas, segmentações e estruturações de diversas dificuldades e transtornos de aprendizagem mostrando diagnósticos e possíveis orientações aos profissionais da área para compreender e orientar pais, professores e alunos nesta “batalha”.

Dentre tantas dificuldades e transtornos, existem títulos muitas vezes desconhecidos e difíceis de serem interpretados, para isto, sermpre é necessário o estudo constante para compreensão de cada especificidade.

Por Thaís Cerqueira Jorge Nogueira in Artigo de conclusão de curso para especialista em neuropsicologia - 2009.