quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Disgrafia e Dislalia : entendendo um pouco mais sobre o assunto.

Disgrafia

       Existem casos de crianças que escrevem muito rápido que não atentam para a forma ou proporção das letras, portanto, sua organização espacial acaba sendo afetada e defeituosa. A disgrafia vem a ser uma dispraxia especializada, o seja, funciona como um sensor de perturbações nas construções do corpo, insistir em corrigir esta letra, sem tratar a criança na medida correta pode acarretar uma problemática corporal que ela poderia não apresentar e fixaria ainda mais seus sintomas.
      É importante lembrar que as dislexias-disgrafias podem ser especificadas como lingüísticas ou disfonéticas e visomotoras ou diseidéticas.
      Quando falamos em dislexia-disgrafia lingüísticas ou disfonéticas falamos de transtornos específicos da aprendizagem, onde apresentam falhas no processamento perceptivo auditivo e em especial naquilo que se escuta, a expressão oral, onde sua grafia será alterada de acordo com a dificuldade de sua escuta, ou seja, uma escuta errada causa uma escrita deficiente.
      Precisamos compreender que a disgrafia é um transtorno psicomotor, que surge como parte da síndrome dispráxica ou dentro da habilidade motora onde podem apresentar disgrafias ligadas á surdez e a transtornos de lateralidade.  È necessário dar importância de se conhecer bem o aluno, ou a criança a ser tratada em sua totalidade, para entender e compreender suas dificuldades globais e conseguir auxiliá-las em suas perspectivas de desenvolvimento correto da escrita, ajudá-las a conhecer seus pontos fracos e a superá-los dando-lhe todos os suportes necessários para uma escrita correta e coerente futuramente.


Dislalia

        Este transtorno é o transtorno de linguagem mais comum em crianças, a dislalia é um distúrbio da fala que se apresenta pela dificuldade de articulação das palavras, basicamente consiste na má pronuncia, ou seja, acrescentando ou omitindo fonemas nas palavras. Assim sendo, a dislalia, consiste na omissão, na substituição ou deformação dos fonemas.
       Quando não se encontra nenhuma alteração fisica a que possa ser atribuído a Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional, neste caso portanto, pensa-se em hereditariedade, alterações emocionais pouco frequentes e até mesmo por imitação. Esta dificuldade na oralidade pode causar diversos problemas e deficiências na alfabteização.
       Torna-se curioso notar que esta dificuldade na fala apresenta-se em maior quantidade em meninos, na fase dos 3 aos 5 anos de idade, com alterações na articulação de fonemas, notando-se a dificuldade em expressar os sons corretos de palavras simples de seu convívio familar e social. No entanto, independente do sexo da criança, a partir dos 4 anos de idade,se esta fala não começar a se corrigir, será necassário um acompanhamento fonoaudiológico.
Eis alguns exemplos:
• Omissão: não pronuncia sons - "omei" = "tomei";
• Substituição: troca alguns sons por outros - "balata" = "barata";
• Acréscimo: introduz mais um som - "Atelântico" = "Atlântico".
        É necessário uma intensa observação em relação ao aparecimento de dislalia em alunos/crianças e até mesmo em adultos, este problema pode ser refletido também na escrita, e sua correção obedece aos mesmos parâmetros da correção de problemas da fala. È necessário que os professores que trabalhem com alfabetização precisam e devem dar uma atenção especial aqueles alunos que têm uma aprendizagem mais lenta e que trocam letras ou apresentam outros sintomas da dislalia, insistindo com elas no sentido de que exercitem a pronúncia e ortografia correta das palavras.


Por: Thaís Cerqueira Jorge Nogueira in artigo de Neuropsicologia da educação, 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário